JUBILEU 2025 |
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O que é o Jubileu |
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Entre os hebreus, em cada sete anos era celebrado o ano sabático no qual se deviam perdoar todas as dívidas. E em cada 50 anos celebrava-se o Jubileu. O tempo de Jubileu era um tempo de Paz e Reconciliação, um tempo de festa e perdão. Um tempo de Graça Divina. Jubileu é também uma solenidade da Igreja Católica, hoje realizada a cada 25 anos. Por motivos especiais o papa pode comemorar jubileus extraordinários, onde concede uma indulgência plenária, isto é, o perdão e a remissão das penas temporais devidos pelos pecados mortais já perdoados na confissão. Neste Jubileu de 2025, o Papa Francisco aponta que "O Jubileu deve ser um tempo de conversão, peregrinação e caridade, onde a esperança cristã exige audácia para antecipar a promessa de Deus, através da responsabilidade e compaixão. A esperança não tolera a indolência, a preguiça, a falsa prudência e o calculismo. A esperança não admite a vida tranquila dos que não levantam a voz contra o mal e as injustiças". Aqui, o nosso silêncio é pecado grave que exige reparação. O Papa Francisco escolheu o logotipo "Peregrinos da Esperança" convidando os fiéis a rezarem "para que este Jubileu nos reforce na fé e nos transforme em peregrinos da esperança cristã". Numa altura em que o mundo enfrenta tantos e diversos desafios, o Papa sublinha a importância da esperança cristã, descrevendo-a como "um presente de Deus que enche de alegria a nossa vida". *************************** PARA VIVER O JUBILEU O Jubileu efectiva-se e expressa-se em sinais e símbolos que nos ajudam a sair do absoluto de nós e centrarmo-nos em Deus. São vivências e expressões dos Jubileus que o Povo de Israel sempre teve na sua vida de itinerante procura de Deus e que, a cada um de nós, podem ajudar a realizar o mesmo encontro. A Peregrinação A peregrinação recorda-nos a nossa condição de peregrinos nesta terra a caminho da eternidade e reproduz a nossa condição real – andamos à procura. A nossa existência é um caminho. Do nascimento até à morte cada um vive na condição peculiar de homo viator (IM 7). O peregrino, caminhante nesta terra, assume a perspectiva da provisoriedade na sua vida. Tudo vai ficando para trás – somos peregrinos de nós mesmos e da Casa do Pai. Tudo passa, só Deus permanece, como diz Sta. Teresa de Jesus. Estar a caminho leva-nos a olhar para horizontes mais largos e dá-nos, em cada passo, simplicidade e confiança. A Oração | O Credo | As intenções da Igreja A Oração é o diálogo com Deus. Diálogo de amizade mas também, tantas vezes, de interrogação e inquietação, de dúvida e de “noite escura”. A Oração é o exercício de quem se experimenta a confiar em Deus e luta para confiar ainda mais, aliás, para que tudo o que faz na vida possa partir dessa confiança. É uma “actualização” permanente da fé. Sem ela a fé vai esmorecendo e pode mesmo tornar-se irrelevante na vida de qualquer um. Ora, os objectivos da nossa vida não conseguem realizar-se se não interpretados no horizonte da fé. Então há que despertar para o gosto da oração pessoal e para a experiência do silêncio como meio e instrumento do encontro com Deus. Quem tem fé nunca está só. Podíamos acrescentar até que, quem tem fé, está na melhor companhia e na companhia d’Aquele que é capaz de dar sentido e liberdade a todas as relações e compromissos. Confiar em Deus, na sua promessa, na sua proximidade, na sua Palavra. Deus é grande de mais para fazer das nossas fragilidades a nossa vocação. Por isso propõe a mudança e, por isso também, o encontro favorável da oração é o tempo do diálogo e da Graça, do discernimento e da eleição, da escolha e do fortalecimento. Deus sabe o que precisamos mas temos de Lho dizer para que a nossa oração seja experiência de comunhão. Queremos o que Deus quer.
A Porta Santa
A Porta Santa é o sinal do passo decisivo que o cristão é chamado a dar na passagem do pecado à graça. Eu sou a Porta disse Jesus. A nossa passagem do pecado à graça acontece na Pessoa e ministério de Jesus Cristo. É Ele que nos leva ao Pai. É Ele o único acesso à comunhão com Deus, o tempo de Graça. Transpor a Porta é sentir a responsabilidade de confessar com a boca, o coração e a vida que Jesus Cristo é o Único Senhor. A Indulgência e o Sacramento da Reconciliação Outro sinal é a indulgência. Nela se manifesta a plenitude da misericórdia de Deus Pai que vem ao encontro de todos os homens com o seu amor para lhes oferecer o perdão. Não tem a ver com poder, mas com serviço. Não é venda de méritos, mas é exercício da dimensão sacramental da Igreja que é, como afirma a LG 1, sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e de todo o género humano. Não podemos atravessar o umbral da vida nova sem nos purificarmos pelo arrependimento, pois reconhecer os fracassos de ontem é um acto de lealdade e fortaleza que nos ajuda a reforçar a nossa fé fazendo-nos capazes e dispostos para enfrentar as dificuldades de hoje. Deste modo a Igreja poderá vir a ser Igreja do Senhor. Ligado ao sinal da Indulgência anda o Sacramento da Reconciliação. Por ele podemos viver a alegria da reconciliação com Deus tal como a experimentou o filho pródigo. Purificação da memória Na Incanationis Mysterium, do Papa João Paulo II, pede-se-nos um acto de coragem: a purificação da memória. Fundamentalmente é tempo de olharmos para a nossa história. Apenas quando assumimos os nosso erros e deles nos desejamos libertar, podemos começar um caminho de conversão. Somos constantemente passado-presente futuro, memória-acção-esperança. Se esquecemos a esperança resumir-nos-emos ao pretérito ou ao presentismo sem amanhã. Se nos esquecemos do futuro ficaremos presos sem capacidade de mudança e sem esperança. Perdão das “dívidas” Como obter a Indulgência Plenária durante o Jubileu 2025? Durante o jubileu do ano 2025, cada fiel pode obter a indulgência plenária jubilar observando as condições habituais: - Peregrinando em grupo ou individualmente até à catedral de Portalegre ou Castelo Branco - Confessar-se - Receber a comunhão - Rezar pelas intenções do papa
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